Drummond vagava pelas ruas de Copacabana com passadas suaves. Em seu rosto magro e por trás dos óculos de intelectual, estava estampado o mapa da paz. Cumprimentava conhecidos com discrição pelas esquinas. E desfilava sua simplicidade nas ruas bucólicas do bairro. Enquanto atravessava as sombras acolhedoras da região, parecia mergulhar em sombras internas em busca de inspiração. Muitos versos surgiram durante aqueles passeios pelas manhãs amenas. Eram ondas estourando em um mar turbulento de emoções. Ele nasceu onde não havia mar, precisou ir morar na costa para juntar dois oceanos. Sua estátua de bronze permanece lá à beira da praia contemplando a vida. Copacabana tem cheiro de verso de Drummond. Tem cheiro de maresia, mistura de mar com poesia.
Maresia
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