Luciano
Não foi Luciano do Valle que ficou sem a Copa do Mundo de 2014. Foi a Copa do Mundo de 2014 que ficou sem Luciano do Valle. Essa que é a verdade, como ele gostava de dizer.
Não foi Luciano do Valle que ficou sem a Copa do Mundo de 2014. Foi a Copa do Mundo de 2014 que ficou sem Luciano do Valle. Essa que é a verdade, como ele gostava de dizer.
Apenas uma frase. Apenas uma ideia. Mas o que ele falava carregava tanta emoção concentrada, tanta coragem, tanta verdade interior, tanto desejo de revelar conflitos humanos, e depois elucidá-los, tanta curiosidade por tudo, tanto estudo, tanta reflexão, tanta estranheza, tanta necessidade de comunicar algo profundo, tanta busca, tanta procura, tanta intenção de integração, tanta vontade de ser
A mulher jovem dorme, no colchão à beira de um gramado na rua. Lá embaixo, atrás dela, a avenida flui em seu trânsito indiferente. De moleton velho e camiseta azul, ela está um pouco contorcida. Estampa acima dos lábios uma ferida seca. O rosto sujo não esconde a tranquilidade do sono. Parece viajar em outro
Chegou um momento em que ele não mais temia se afastar do que sempre chamou de amigos. Foi quando os defeitos pesaram mais do que as qualidades, que ele já não fazia questão de ver. Ele, que sempre foi um crítico dos que só viam a própria família, sentiu-se impelido a ser assim também.
Sustentabilidade é um tema mais do que atual. Mas acompanha o universo desde o seu início. Nas conversas em geral o termo se relaciona aos aspectos ambiental, econômico e social do planeta. Para que haja sustentabilidade nesta biosfera é preciso, porém, haver uma outra sustentabilidade. Diz o Wikipedia que sustentabilidade é a habilidade de sustentar ou suportar
Um dia ele acreditou que pedir era algo natural. Como subir no ônibus. Ou beber um copo d’água. Com o tempo, ele percebeu que pedir era um peso. Ficou descrente. Fechou-se. Então decidiu nunca mais pedir nada a ninguém. Nem pelo amor de Deus.
A novela Água Viva passa em reprise na TV. Remexe no curso da vida dele, restaurando sonhos que ondularam rumo ao mar. Deitado no sofá, o moço de meia idade olha para a noite e vê a cordilheira retilínea de prédios, iluminada por luzes que parecem acenar do passado. Seu universo de outrora se move
Antes de atingir seu objetivo, ele achava que não valia comprar briga com o mundo. Mas continuou achando o mesmo depois, justamente porque havia atingido seu objetivo.
Toynbee colocou que o homem, ao ter a percepção do consciente, levou milhares de anos, ou até milhões, para fazer alguma coisa. O mesmo homem se ilude achando que o imediatismo da sociedade contemporânea o levará a algum lugar.