Fico tentando encontrar palavras no silêncio, nas paisagens, nos textos que leio. E elas me fogem, ensaboadas e efêmeras, como um sopro que se enche de vida, e depois desvanece, gasta o ar, como se estivesse trancando a imaginação em um quarto escuro, jogando a chave fora. E no derradeiro movimento do pulmão contraído, em meio à frustração deste labirinto sem fim, sinto apenas uma leve golfada de ar superar meus lábios cerrados e tímidos, que também não encontram palavras, e se transformar em um suspiro de lamentação.
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