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Enviou um e-mail falando de maneira afetuosa a um conhecido. Em outra mensagem, ressaltou a importância de uma atitude afetiva para outro colega. Comunicou, para várias pessoas, a existência de um blog que abordava questões humanas, que apresentava uma profundeza estranha às conversas rotineiras. Ninguém viu, nem respondeu. Pensava que o mundo da Internet, como se costuma dizer, servia para que as pessoas, por de trás das telas, pudessem se sentir mais livres para falar delas. Debates se sucederam para criticar a fuga da sociedade para dentro do computador. Isso, porém, se tornou um engano. O mundo virtual foge do contato afetivo assim como o mundo real. A ausência de respostas às mensagens que se desviam do corriqueiro mostram isso. O silêncio impera nesses casos. O ser humano internauta se cala da mesma maneira, tão temeroso quanto se apresentaria nas relações face a face. Não adiantou buscar a autoestima sonhando controlar o teclado, tampouco apertando o insert ou delete. Medos não são deletados facilmente. A Internet não serviu como esconderijo, muito menos como porto seguro. A Internet não poderia escapar da sombra de seu criador: o homem. Ela só apresentou ao mundo a legião dos “neomudos”.

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