Prisioneiros

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Prisioneiros

No campo de refugiados no Chipre as condições eram precárias. Crianças andavam em meio ao calor. O clima era seco e o amontoado de barracas ficava sobre a areia. Havia torres de observação em cada extremidade.

 

Arames farpados cercavam o local, como se os judeus sobreviventes dos campos da Alemanha fossem bandidos. A água era escassa, para beber e para tomar banho. O verde não existia.

 

O sol escaldante sufocava e oprimia, mas a luz das estrelas reacendia a esperança. Ela nunca deixou de existir, mesmo sem água, mesmo sem vegetação.

 

Quando a futura estadista adentrou ao local para visitar aquelas pessoas, recebeu um presente de duas menininhas.

 

Elas se aproximaram com timidez para lhe dar um singelo buquê de flores, feito com a ajuda das professoras do maternal.

 

Eram flores de papel.

 

Muito melhor do que se fossem de verdade.

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