Com o tempo ele perdeu a ingenuidade. Antes, no primeiro contato com um Rato de redação, animal jornalístico que se autodenomina um vencedor, abria totalmente o jogo. Não que falar a verdade não seja imprescindível.
Mas a exposição transparente de certos pensamentos que contrariam a indústria cultural soa estranha aos “vitoriosos”: nada de dúvidas, nada de questionamentos, nada de fragilidade.
Isso remete à necessidade de o homem se vestir antes de sair de casa. Ele coloca uma camisa social, sua calça bem cortada, o sapato de camurça, devido a exigências da sociedade. O asseio pessoal é inclusive um fator de status social.
Pois o comportamento também precisa de uma vestimenta adequada. Não é indicado sair por aí desnudado emocionalmente porque, neste mundo competitivo, isso cria um sério risco de destruição.
É preciso se proteger em tons harmônicos, com textura correta, nos relacionamentos pessoais e profissionais.
Não deve ser à toa que o conjunto destas convenções leva o sugestivo nome de etiqueta.