1985, 40 anos

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1985, 40 anos

1985

Eugenio Goussinsky

 

Quem nasceu em 1985 tem 40 anos. Se for mulher, pode ter sido recebida por Vitoriosa, no som ambiente da maternidade. Caso seja homem, a homenagem pode ter vindo por meio de Tarzan Boy. Todos nascem solitários.

 

+ Leia mais Crônicas do blog Lançamento Longo

 

De qualquer maneira, antes de tudo, seu pai disse para sua mãe: Sou seu Fã Número 1. E jogou um beijo, do gargarejo, que provocou um Careless Whispers nela. Ela sentiu um Frisson. Like a Virgin Num Dia de Domingo.

 

Sim, já estava Escrito nas Estrelas, mas, na vida, é preciso também atitude. E às vezes ser Sem Pecado e Sem Juízo. Senão, eles passariam o resto da vida dizendo Ainda é Cedo e o bebê daquele tempo não seria o adulto de hoje.

 

Assustada com a notícia, a mãe foi para casa, para ficar ao lado dos pais, De Volta Pro Aconchego. Naquela noite, todos assistiram a Roque Santeiro. O professor Astromar se tornava lobisomem e fazia os espectadores se questionarem. “Quais os Mistérios da meia-noite?”

 

Leia mais: “Doggy”

 

Mas não saía da cabeça dela aquele Olhar 43, de um jovem que, por tanto tempo havia amargado a frustração com mulheres, indo de bar em bar tomar Louras Geladas. Ele ainda se lembrava, com lágrima nos olhos, que para cada uma delas tinha dito I´m Crazy for You.

 

Tempos de timidez e esperança, simbolizada em uma Shy Moon. Tema da clássica novela Um Sonho a Mais, do grande Dagomir Marquezi, fã de I Want to Know What Love Is,  com Mário Prata.

 

Tempos de uma tímida esperança, mesmo quando a dor vinha. Uma dor, para muitos adolescentes, diferente da de parto, mas doce. Era acompanhada do sonho da superação. A fé de que viria o telefonema, depois de tanto pedir Me Liga.

 

Os nascidos naquele ano vieram como um símbolo de ressurreição diante da morte de Tancredo. Depois que ele se foi, por meses o país disse We Don´t Need Another Hero. Das frustradas Diretas Já, quando o Brasil ficou entre A Cruz e a Espada. Da seleção brasileira do bom Evaristo de Macedo, que perdeu da zebra Peru. Chora coração…música que o dr. Miguel Goussinsky adorava.

 

Acima de tudo, foi uma época Cheia de Charme. Por isso, o pai disse I Was Born to Love You para mãe, ao saber que fariam uma família. E, depois de tudo, acrescentou em sussurro: Forever By Your Side.

 

Época de transição entre a loucura dos anos 1970 e a era tecnológica que abria mentes e corações. I Should Have Known Better. Não, não estou dizendo Leva. Nem sendo Exagerado. Quem nasceu naquele ano pode não perceber, mas nasceu em meio a um momento multicultural. Walk of life.

 

Que possibilitou a todos de outrora dizerem hoje We Built This City. Até quando ouviam essas e outras frases lá em Israel, no grupo de amigos do Tapuz e, neste início de modernidade, se sentiam incluídos em Tel-Aviv. Ouviam, então, do garçom: You  Belong to The City.

 

Nem de longe foi Tempo Perdido. Viver é mesmo uma questão de instante. Sim, We are The World! Aquela sensação era frenética. One More Night…Em qualquer lugar. Se perdia o sono e se chorava. É verdade. Mas Lágrimas e Chuva também se tornaram aprendizados. Naquele compasso entre a fita cassete que enrolava e o lápis que desenrolava o futuro.

 

Leia mais: “Os balões”

 

Essas marcas nem o CD apagou. Cada vinil riscado era um pedaço de história. Cada canção do streaming, surgiu como retrato de um país se reconhecendo no espelho. Será só imaginação….No fundo, tudo seguia o ritmo da vida. A verdadeira Dona. Do Heaven, caía uma suave Chuva de Prata brasileira. E uma Purple Rain em Nova York.

 

Por você, 1985, muitos dizem I Can Wait Forever. I’m Missing You. Forever Young. Eles querem ouvir sempre seu Shout. São os adolescentes de então que mais te pedem Your Latest Trick.

 

Mas naquele ano do nascimento, foram as mães que disseram para os pais I’m Still Loving You. E eles suspiraram, Menina Veneno. O mundo girava criativo. Cheio de Fogo e Paixão. Sem manual, mas com uma trilha sonora que só nos dizia Love is Love.

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