Sem tempo de escrever o que a passagem do tempo me faz esquecer. Sem tempo de reivindicar o que o dito pelo não dito me fez acreditar. Sem tempo de responder por que ousei telefonar. Sem tempo de ser atendido por aquele que não soube me informar. Sem tempo de entender o que o telemarketing não quis explicar.
Sem tempo de esconder aquilo que eu mesmo evitei encontrar. Sem tempo de chorar pelos sorrisos que me obriguei ocultar. Sem tempo de comunicar a raiva que insisto em esmagar. Sem tempo para palavras que vão além do twitter mental. Sem tempo de amar, por medo de parecer sentimental.