Babe

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Hoje faz 32 anos que perdi minha vó materna. Ela morou na minha casa por anos, era doce, paciente e carinhosa. Eu ficava no seu quarto enquanto esperava minha mãe chegar da faculdade à noite. Sua companhia era adorável, ela transmitia tranquilidade, após ter vivido experiências difíceis de solidão, quando deixou a Polônia ainda jovem em um navio. Encontrou lá na minha casa um porto seguro, alegrando-se com a luz que brilhava nos olhos de seus netos, crianças com a vida pela frente. Em retribuição, dedicava seu amor sincero, que se perpetuou em mim. Hoje faz trinta e dois anos que não a vejo. Foi no dia que acabou a novela Pai Heroi. Com 32 anos, um homem já pode ser um pai heroi, o meu objetivo hoje, também em homenagem a ela.

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