Mesmo que todos os clubes acertem suas finanças, se organizem, contratem bons jogadores, formem grupos fortes, mantenham seus treinadores, quatro irão cair em um campeonato e, se não houver mudanças na forma de ver o jogo, nós da imprensa, sem perceber que a vida é falha em sua plenitude, iremos continuar apontando erros, de forma professoral e implacável, em busca de motivos muitas vezes impalpáveis, relativos, numa desenfreada necessidade de julgar que o ser humano desenvolveu desde tempos remotos e que cai bem quando as aparências escondem, de várias maneiras, o mais essencial fundamento humano, aquele que fez a humanidade sobreviver a guerras, a pandemias bem mais graves do que uma crise em um clube: o de que a empatia pode ser dolorosa, mas é a mais bela companheira da crítica.