Escrevo com tanto amor, com tanto amor, que me dá vontade de pegar cada letra, limpar bem o seu corpinho, colocar o mais lindo vestidinho, pentear seus cabelos, lisos, dourados, quaisquer que sejam, abraçá-la se ela for sorriso, acolhê-la se lacrimejar triste, acariciar seu rosto formado por minhas vivências, largá-la para o mundo com aperto no coração, impelido ao desapego, articulando minhas últimas recomendações, quando ela olhar para trás, já na porta, para se despedir. “Vai com Deus, filha”.
Desapego
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