O religioso não aceita a retomada do caso em que um judeu foi morto pela ditadura militar. “A verdade é uma das premissas da Torá”, disse-lhe o interlocutor.
E ele, com um semblante de calma aparente, mas sem esconder a irritação, rebateu. “A Torá também não aceita a invasão de privacidade”.
O diálogo mostrou que a religião também pode construir seus sofismas, se tornar escudo do medo. Invasão de privacidade é aceitar um assassinato como sendo um suicídio.
Invasão e inversão de privacidade seriam o cancelamento do tribunal de Nuremberg e do julgamento de Eichmann.
E, além disso, a verdade pode muito bem ser encontrada sem invasão de privacidade, graças a Deus.