A dor se torna maior para quem se esconde e se afasta do mundo justamente com medo de senti-la.
O cachorro late mais para aquele que não quer ser visto, como se o animal farejasse a fraqueza e, sabiamente, deixasse sua essência selvagem falar, em forma de latido: “venha, venha…” Mas como o homem tem medo e não entende a linguagem da natureza, nem a sua nem a do universo, ele pensa que o latido é uma ameaça.
E foge, como se o cão lhe falasse: “sai daqui, sai daqui…”