Do teu corpo nasce a palavra. Ela reverbera em minha alma de várias maneiras. Uma palavra, mil sentidos. A palavra surge como um eco silencioso em uma cadeia de montanhas.
A palavra é livre. Multiplica significados, sua identidade levanta vôos, de águia ou de colibri, se expande em um universo de dualidades, paradoxos, reflexões e sutilezas.
Uma mesma palavra desperta lágrimas, provoca sorrisos, sugere, contempla, acaricia e fere.
Depende de quem a ouve.
Ou da intenção com que foi dita.
O sussurro de cada uma delas é multiforme.
Se dissemina como a refração da luz na água.
Constrói um templo com peças de lego.
Cada detalhe revela ou oculta um discurso.
A palavra pode ser o fim do começo ou o começo do fim.
Mas, no fundo, ela nunca termina.