Hipóteses
Todos reclamam da falta de generosidade. Ou a generosidade não existe, ou todos reclamam de si mesmos.
Todos reclamam da falta de generosidade. Ou a generosidade não existe, ou todos reclamam de si mesmos.
Velho rabino, barba branca, roupa preta, bengala envernizada. Cambaleia no andar, não no pensar e nem no sentir. Pisa no asfalto com passos duros, apoiado no ombro do jovem. Mãos pesadas e trêmulas regem seus movimentos, como se a vida fosse uma orquestra fragmentada que se encontra em sua lucidez. “Não vá vender
A frase “não basta ser honesto, tem de parecer honesto” está sendo usada de uma maneira cínica ultimamente. Muita gente tem se mascarado nestes dizeres e, num instante de sombra, disfarça, surrupia, troca o basta pelo precisa como se não houvesse diferença entre um e outro.
As pessoas nem sempre têm olhos para o belo e o profundo. Preferem se acomodar no convencional.
Dor, eterna companheira do homem. A dor crônica da artrite dos que se cansaram de andar. A dor aguda dos que se aventuraram em tentar e recuaram para prosseguir. A dor lancinante de uma facada. A dor inflamatória de uma ferida que não seca. A dor de se sentir longe do alarido da infância.
Primeiro foi no civil. Alguns anos depois, no religioso. Um dia, porém, ele sentiu saudades daquele mau humor feminino, que a deixava irritadinha apenas por perder uma chave. Foi quando ele percebeu, definitivamente, que estava casado.
Quando menino, as bolas que batiam na trave o fascinavam. Mais do que saber o resultado do jogo, perguntava para o pai quantas bolas tinham acertado o poste. Talvez associasse a finura da trave ao fato de ser magro. A importância da trave minimizava a sensação de ser frágil. Encantava-se com a sutileza deste
Einstein era um gênio não por causa de seu conhecimento científico. Ele sabia integrá-lo à sabedoria e à ignorância humanas, relativizando uma na outra. Einstein intuía sua ciência, na crença religiosa de que a relatividade existe tanto no universo quanto na vida terrestre. Nos movimentos cósmicos e nas batidas de nosso coração. Na
O mar Amado abraçou o Vale Dourado, de onde surgiu o nome Dorival. O encontro fez vento, movimentou um barco a Veloso, balançou palmeiras e betânias em um balancê pela Costa. Gil, o pássaro da voz suave, não se sentiu exilado. Cantou a cena de longe, pulando de galho em galho, de vila em
As ondas, sensuais como a cintura de Gabriela, beijam a face de Ilhéus. Recebem o abraço da brisa, quando se diluem como sonhos na praia. Da dança invisível, vem o cheiro de cravo, a cor de canela. O gosto de cacau, de riqueza e de luxúria. O gosto amargo da miséria. A luz do